sábado, 16 de junho de 2007

No Estado de São PauloPRÊMIO AO FACÍNORA DESERTORPor mais que já tenham causado estranheza e revolta os abusos nas indenizações (algumas milionárias) concedidas aos chamados “perseguidos políticos” da ditadura militar, muitos dos quais com as mãos manchadas de sangue inocente e o que menos pretendiam com seu radicalismo era ver a Democracia reinstaurada no País, a decisão da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, concedendo pensão equivalente ao soldo de general-de-brigada à viúva do capitão desertor Carlos Lamarca, ultrapassa todos os limites do bom senso e reflete a profunda inversão de valores que se pretende impor à sociedade brasileira nos dias que correm. “É uma recompensa a quem queria instaurar uma ditadura socialista no Brasil; Lamarca não combateu em nome da democracia” - sintetizou a respeito, da maneira mais lúcida, o cientista político Leôncio Martins Rodrigues.PAIS DE SOLDADO ASSASSINADO POR LAMARCA NÃO TÊM PENSÃOSoldado de 18 anos foi atacado por grupo comandado pelo ex-guerrilheiro. Pais dizem que nunca tiveram ajuda; família de Lamarca receberá R$ 300 mil. Quase 40 anos depois da morte do filho, o casal Therezinha Serra Kozel e Mário Kozel ainda espera por auxílio do Estado.O soldado Mário Kozel Filho, então com 18 anos, cumpria o serviço militar obrigatório quando foi morto em 1968, num atentado assumido pelo grupo do guerrilheiro Carlos Lamarca, ex-capitão que fez oposição armada ao regime militar e foi morto por tropas do Exército em setembro de 1971.Na quarta-feira (13), a família de Carlos Lamarca, que recebe auxílio do governo há mais de dez anos, foi contemplada com uma pensão mensal mais elevada, de cerca de R$ 12 mil, equivalente ao salário de um general. Lamarca foi reconhecido como anistiado político. Além disso, a viúva e os dois filhos receberão indenização de R$ 100 mil cada um, paga em parcela única - total de R$ 300 mil. A comissão entendeu que eles tiveram que sair do Brasil por causa da atuação de Lamarca contra o regime militar.Enquanto isso, os pais do soldado Máro Kozel Filho descobriram há pouco que também têm direito a receber pensão mensal por conta da morte do filho desde 2003. O valor, porém, é mais modesto: pouco mais de R$ 1 mil. Portal G1 - Leia mais aqui

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