sábado, 16 de junho de 2007

MAGISTRADOS E DELEGADOS REAGEM A LIMITAR GRAMPOSA decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de desengavetar o projeto que restringe o uso de escuta telefônica e ambiental por parte da Polícia Federal e das polícias civis provocou forte reação de magistrados e policiais que estão na linha de frente do combate ao crime organizado.Até o presidente a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, vê com reservas a proposta. Há duas semanas, Tarso determinou a reelaboração do projeto que restringe escutas e dificulta a divulgação, pela imprensa, do conteúdo de investigações sigilosas.As escutas são alguns dos instrumentos mais temidos por políticos, lobistas, empresários e servidores públicos flagrados nas operações da Polícia Federal de combate à corrupção. Pela proposta, que está sendo elaborada pela equipe de Tarso, as autorizações para as escutas telefônicas e ambientais terão que ser amparadas em pareceres favoráveis do Ministério Público. Hoje, a PF faz o pedido diretamente ao juiz de cada caso. O projeto encurta os prazos em que a polícia pode recorrer ao monitoramento telefônico ou às escutas ambientais.— Esse projeto vai comprometer a agilidade e a eficiência da autoridade policial. Às vezes, eu tenho críticas pontuais à pirotecnia e vazamentos. Mas acho que a PF está fazendo um trabalho em prol da sociedade — afirmou Walter Nunes, presidida Associação Nacional dos Juízes Federais (Ajufe). O GloboNAVALHA ROÇA LÂMINA NO PESCOÇO DE OUTRO MINISTROO outro ministro - A PF tem gravados pelo menos três telefonemas entre o lobista Sérgio Sá, peça estratégica no esquema do empreiteiro Zuleido Veras, e o ministro das Cidades, Márcio Fortes. O teor dos diálogos, ainda mantidos em sigilo, revela intimidade entre os interlocutores. Fortes foi citado uma vez em relatório da Operação Navalha - que já derrubou Silas Rondeau (Minas e Energia).No trecho em questão, o ex-presidente do PP Pedro Corrêa é acusado de traficar influência nas Cidades para liberar dinheiro à construtora Gautama. Informada do conteúdo das gravações, a cúpula do PP discute em privado um substituto, caso Fortes tenha que sair. Um nome aventado foi o de Francisco Dornelles, de quem o atual ministro é muito próximo.

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